Ver mais notícias

PROPORÇÃO DE PESSOAS QUE ABREM NEGÓCIO PRÓPRIO POR NECESSIDADE RECUA EM 2018, DIZ PESQUISA

Após disparar no início da crise econômica, em 2015, o empreendedorismo por necessidade passou a cair e encerrou 2018 correspondendo a 37% dos negócios em fase inicial. Três anos antes, o número era de quase 43%. No mesmo intervalo, o empreendedorismo por oportunidade (ou seja, aquele em que as pessoas investem por enxergar algum interesse no novo negócio) passou de 56% para 61%.

É o que aponta um levantamento divulgado com à Globonews. Os dados fazem para da pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), realizada em 49 países tem apoio do Sebrae no Brasil.

O estudo aponta entre as razões para a volta do crescimento do empreendedorismo por oportunidade a "singela recuperação da economia brasileira, o que torna a população um pouco mais esperançosa".

 

"Diferente de quem empreende por necessidade, depois de passar por uma situação de desemprego, por exemplo, o empresário motivado por uma oportunidade, normalmente, é aquele que faz um plano de negócio, que estuda a concorrência e tem - por consequência - maior probabilidade de sobreviver no mercado", disse o presidente do Sebrae, João Henrique Sousa.
Apesar da melhora, no entanto, a proporção daqueles que abrem um negócio por enxergarem uma oportunidade do mercado ainda segue longe do período pré-crise. Em 2013, o número era de  71% e em 2014, de 70%.
  pesquisa também mostra um forte aumento do interesse dos brasileiros em iniciar um negócio próprio. Entre os 13 tópicos listados pela pesquisa do Sebrae como "sonhos dos brasileiros", esse foi o que teve o maior aumento em pontos percentuais: era o desejo de 18% em 2017, e no ano seguinte pulou para 33%.
 

Enquanto isso, o sonho de fazer carreira em uma empresa passou de 17% para 19%. Já o de construir uma carreira no serviço público recuou de 14% para 9%.

Os dados reforçam a característica do empreendedor brasileiro em "criar o próprio emprego", o que não representa gerar novos postos no mercado de trabalho. Isso vale tanto para quem está começando um negócio próprio quanto para quem já está estabelecido. Entre os iniciantes, 81% não têm nenhum empregado. Já entre os empreendedores que estão no mercado há mais de 3 anos e meio, 82% não empregam ninguém.