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PROCURADORES VIRAM CHANCE DE TIRAR GILMAR DO STF APÓS RENOVAÇÃO NO SENADO

A mudança na composição do Senado com a eleição de 2018 animou a autodenominada força-tarefa da "lava jato", segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (8/8) pelo portal UOL, em parceria com o site The Intercept Brasil. Os procuradores viram na renovação da Casa uma chance de conseguir o impeachment do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. 

Após concluir que impeachment de Gilmar Mendes seria impossível, grupo de procuradores decidiu constranger publicamente o ministro
Nelson Jr./SCO STF

O pleito do ano passado renovou 24 das 32 cadeiras do Senado então em disputa. Nas contas da força-tarefa, 11 dos recém-chegados eram a favor da "lava jato" e apoiariam o impeachment de Gilmar. 

No dia do primeiro turno das eleições, em 7 de outubro, a movimentação começou. O procurador Diogo Castor, então integrante da força-tarefa de Curitiba, escreveu no grupo "Filhos do Januário 3" do Telegram: "Da pra sonhar com impeachment do gm [Gilmar Mendes]?". A resposta veio da colega Laura Tessler: "Sonhar sempre pode, Diogo. Mas não tem chance de se concretizar". 

No dia seguinte, o procurador Paulo Roberto Galvão, também membro da força-tarefa em Curitiba, voltou ao tema: "Olha aí. Agora sim, pela primeira vez é possível sim de se pensar em costurar um impeachment de Gilmar. Mas algo pensado e conversado e não na louca sem saber onde vai dar".

O grupo acabou concluindo que o impeachment seria impossível, por isso mudou de estratégia: constranger publicamente o ministro Gilmar Mendes tornou-se a meta. "Impeachment, diria, é impossível. Talvez costurar um pedido de convocação, em q ele fique exposto, com cobranças, puxão de orelha e coisa tal, é mais factível. Os novos senadores, q não tem o rabo preso, podem ver isso como uma alavancagem", especulou o procurador Orlando Martello Junior.