IBGE: MAIS DE 454 MIL EMPRESAS FECHARAM EM SEIS ANOS
Um levantamento divulgado nesta quinta-feira, 25, pelo IBGE mostra que 454,3 mil empresas e 2,9 milhões de postos de trabalho foram fechados em seis anos no Brasil. A pesquisa foi realizada entre os anos de 2013 e 2018.
Do total de empresas fechadas neste período, 89,9% foram do segmento comercial. Em seguida, está o segmento empresarial, com 36%. E em terceiro lugar, aparecem as indústrias de transformação, que registraram uma queda de 14,2%.
Outros segmentos empresariais, no entanto, registraram aumento do número de empresas ativas como o setor de Saúde humana e serviços sociais que teve uma alta de 46,7% no período.
O segundo segmento com maior alta no número de empresas ativas foi o de atividades profissionais, científicas e técnicas, com novas 51,7 mil unidades empresariais – uma alta de 19,11%. Em seguida, aparece o segmento de educação, que teve 44,4 mil novas empresas abertas em seis anos, um crescimento de 34,2%.
Redução de equipe
Com o fechamento das empresas, o total de empregados no setor empresarial brasileiro caiu em 5,3% entre 2013 e 2018, o que representa um contingente de pouco mais de 2,9 milhões de trabalhadores.
Embora o comércio tenha sido o segmento com maior número de empresas fechadas, foi na indústria de transformação que ocorreu a maior redução do pessoal ocupado.
Do contingente de 2,9 milhões de postos de trabalho fechados, 45,8% eram da indústria de transformação, o que equivale a 1,3 milhão de trabalhadores. Outros 1,3 milhão de trabalhadores foram cortados do segmento de construção.
Média salarial
Ainda de acordo com o levantamento, em 2018, o salário médio mensal no Brasil foi de R$ 2 952,87.
Os maiores salários médios mensais foram pagos pelas empresas de eletricidade e gás, seguidas pelas empresas de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais aparecem em terceiro lugar.
Nestes três segmentos, o salário médio foi, respectivamente, 158,2%, 137,4% e 87% acima da média geral.
Já os menores salários médios mensais foram pagos pelas empresas de alojamento e alimentação, seguidas elas empresas de atividades administrativas e serviços complementares e pelo comércio, com valores, respectivamente, 48,1%, 38,6% e 34,3% abaixo da média geral.