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AUXÍLIO EMERGENCIAL E AGENDA FISCAL: GOVERNO AVALIA QUE PRÓXIMOS 30 DIAS SERÃO 'DECISIVOS'

Auxílio emergencial e agenda fiscal: governo avalia que próximos 30 dias serão 'decisivos'

A proposta da nova rodada do auxílio emergencial ainda está em negociação entre o Executivo e o Legislativo e o ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia que os próximos 30 dias serão “decisivos” para definir a direção da agenda fiscal do governo.

No fim de semana, o ministro teria conversado com interlocutores e aliados para minimizar os impactos da troca do comando da Petrobras e afirmou que o mais importante agora é aprovar as reformas e medidas de ajuste fiscal no Congresso.

A interlocutores, o chefe da equipe econômica admitiu que a substituição de Roberto Castelo Branco pelo general Joaquim Silva e Luna na presidência da estatal é ruim do ponto de vista econômico, mas ponderou que o presidente Jair Bolsonaro tomou a decisão política para dar uma “satisfação” aos caminhoneiros.

A categoria pressiona por redução no preço do diesel e ameaçou fazer greve no começo do mês. Em 2018, a paralisação dos caminhoneiros durou 10 dias e provocou reflexos negativos na economia.

Auxiliares de Guedes dizem que, embora reconheça que a troca no comando da petroleira terá impacto no mercado financeiro, o ministro minimiza o fato porque Bolsonaro já teria deixado claro internamente que não pretende privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica em seu primeiro mandato. “Estatal boa para mim é a que foi privatizada”, tem repetido o ministro a interlocutores.

Interferências nas estatais 

No Palácio do Planalto e no Ministério da Economia, o discurso de auxiliares presidenciais e de Guedes é de que, de olho nas eleições de 2022, Bolsonaro quer começar um “novo ciclo” nas principais estatais, com dirigentes mais alinhados ao presidente. 

Nesse cenário, o ministro da Economia tem repetido que, para ele, aprovar as reformas “é mais importante” do que indicar o presidente de uma estatal.

Guedes está de olho principalmente na aprovação da PEC Emergencial, que deve ser votada nesta semana no Senado. A proposta cria as bases para uma nova rodada de pagamento do auxílio emergencial. Entre essas bases, o chefe da equipe econômica espera que o Congresso aprove uma série de gatilhos e travas de ajuste fiscal para União e Estados, como a proibição de dar aumentos salariais para servidores públicos.