Ver mais notícias

IBRE-FGV: RENDA DO BRASILEIRO RECUOU 10% ANTE O ANO PASSADO

Ibre-FGV: Renda do brasileiro recuou 10% ante o ano passadoFoto: Tatjana Djakova

Uma pesquisa do Ibre-FGV apontou que, no primeiro trimestre deste ano, a renda média domiciliar per capita foi de R$ 1.065. O número representa uma queda de % em relação ao ano passado.

O responsável pelo estudo, Daniel Duque, em entrevista à CNN, disse que “isso se deve tanto pela perda do emprego, quanto pela perda da renda média dos trabalhadores no período”.

O especialista também citou que, da mesma forma, a inflação é uma questão que traz impacto nos números. “A inflação tem aumentado bastante, tem se tornado um problema, os rendimentos também não são reajustados nesse momento da pandemia, e isso ajuda a impactar negativamente a renda per capita.”

Além disso, Duque disse que os números ainda são comparados com períodos do primeiro trimestre do ano passado, antes da pandemia, e que a situação deve se inverter nos próximos meses. 

“A gente deve viver uma situação um pouco melhor, ainda que na média do ano de 2021, a queda ainda pode ser maior, já que a gente está comparando trimestres numa situação anterior a essa crise, que foi bastante dramática”, completou.  

O pesquisador reforçou que, em termos reais, a retomada econômica já foi observada “a partir do quarto trimestre do ano passado”. “A gente começou a ver uma recuperação mais robusta que deve se intensificar ao final deste ano.” 

Desemprego escondido

O pesquisador ainda chamou a atenção para o “desemprego escondido no Brasil”.

 “Apesar da melhora na geração de vagas, o desemprego tem aumentado por causa das pessoas que perderam ocupação e não voltaram a procurar.” 

O especialista acredita que, conforme a vacinação contra a Covid-19 for mais abrangente, a normalização da economia deve acontecer. 

Contudo, ele fez uma ressalva. “A pandemia, por quase um ano, colocou um contingente grande de pessoas em ‘modo de espera’, e, para elas, vai ficar mais difícil de serem potencialmente geradoras de renda no futuro. Há necessidade de uma política pública que precisa olhar mais atentamente ao mercado do trabalho mesmo quando voltar à normalidade.”