O Grupo de Trabalho do qual a OAB/Nova Friburgo faz parte, que acompanha e fiscaliza as obras de recuperação da Praça Getúlio Vargas apresentou na última semana algumas propostas de mudança nas intervenções, que fazem parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a cidade e o Ministério Público Federal (MPF) para a proteção e conservação do local, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Segundo a responsável pela Comunicação do GT, a jornalista Danielle Eddie, foi apresentado ao município um projeto de redução do TAC para que as intervenções fossem mais enxutas, devido ao momento de pandemia. Dentro desta redução estaria o cancelamento da prospecção arqueológica, ou seja, da escavação da praça, item que vem causando polêmica entre os friburguenses, que acharam a intervenção desnecessária no momento e prejudicial à economia e logística local.

Há meses a subseção vem manifestando sua preocupação com as obras que, segundo o presidente da Ordem local, Alexandre Valença, foram iniciadas sem que fosse feita uma ampla consulta pública e avaliação de prioridades. Em resposta, a administração municipal convidou a OAB/Nova Friburgo para integrar o Grupo de Trabalho, abrindo diálogo com a Ordem.

De acordo com a proposta do GT, apesar da paralisação nas escavações, seria mantido o monitoramento arqueológico obrigatório durante a retirada dos tocos mortos e o replantio das mudas de eucaliptos.

Estudos indicam que tanques originais do projeto do paisagista Glaziou podem estar encobertos sob a parte central da praça. No documento já firmado com o MPF, há intenção de manter os tanques onde se encontram, sem alterar o aspecto da praça, e colocar pisos de acrílico transparente em trechos selecionados, permitindo que os friburguenses e turistas possam visualizar e passear sobre os tanques históricos.

"Após acolher nosso pedido de formação de um grupo de trabalho com a OAB e a sociedade civil, o município optou pela suspensão temporária das escavações e estaremos em reunião com o Ministério Público Federal nesta semana para que decidam se nosso projeto será acolhido", conta Valença.