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PESQUISA APONTA QUE JÁ VAZARAM 4,6 BILHÕES DE DADOS NO MUNDO TODO EM 2021

Pesquisa aponta que já vazaram 4,6 bilhões de dados no mundo todo em 2021 Pexels

Os vazamentos de dados na internet estão constantemente em pauta na mídia. Isso porque, os números relacionados ao problema são cada vez mais altos. Somente nos primeiros seis meses deste ano, em todo o mundo, o total de dados vazados foi de mais de 4,6 bilhões, equivalente a um aumento de 387% em relação ao ano inteiro de 2019. 

Os cálculos mostram que se o ritmo for mantido, 2021 deve superar o ano de 2020, que já registrou um índice alto de vazamento com o início da pandemia, atingindo 9,95 bilhões de dados, de acordo com levantamento da empresa de segurança digital PSafe com base nos dados da CyberLabs, empresa de cibersegurança baseada em inteligência artificial.

Segundo estudos da PSafe, a tendência é que, até o final de 2021, o número de vazamentos tenha ultrapassado a marca de 10 bilhões de credenciais.

Para Marco DeMello, CEO da PSafe, os cibercriminosos conseguiram avançar 10 anos nos últimos meses, beneficiados principalmente pelas tecnologias de inteligência artificial, que cresceram exponencialmente desde 2019, mesmo ano em que começaram a disparar os casos de vazamentos. Apenas entre 2019 e 2020, houve um salto de 726% no número de credenciais expostas ilegalmente.

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Os dados sensíveis passaram a ser caçados pelos cibercriminosos a partir da ampla digitalização dos negócios e suas bases de dados nos últimos anos. Esse aumento no número de dados na internet facilitou o contrabando de informações.

“No passado, para que uma invasão a um site ocorresse, era necessário que um hacker altamente especializado estudasse as infraestruturas digitais a fundo, procurando brechas de segurança antes de conseguir realizar uma invasão. Hoje, costumamos dizer que os hackers já não invadem mais os sistemas, eles apenas fazem login”, explica.

Desde o começo do ano, houve uma sucessão de denúncias de vazamentos de dados também no Brasil. Em janeiro, os dados de mais de 200 milhões de brasileiros vivos e mortos foram colocados à venda na deep web, a internet fechada para usuários leigos. O ataque abriu brecha para novos vazamentos, que se expandiram ao longo do primeiro semestre.