PIX: BANCO CENTRAL LIMITA TRANSAÇÕES À R$ 1 MIL PARA EVITAR GOLPES
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O Banco Central anunciou na última sexta-feira (27) novas medidas de segurança para evitar golpes e fraudes com o Pix, ferramenta de pagamentos instantâneos.
O Pix passará a ter um limite de valor total transacionado de R$ 1 mil no período noturno, entre 20h e 6h para pessoas físicas e Microempreendedores Individuais (MEIs). Isso vale para transferências entre contas do mesmo banco, cartões de débito e liquidação de TEDs.
De acordo com o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, o limite não deve prejudicar os usuários porque nesse horário a grande maioria das transações é de valor bem menor ao limite estabelecido.
"Ao impor R$ 1 mil, nós protegemos o patrimônio dos usuários, desincentivamos os criminosos e não prejudicamos a usabilidade do Pix para a enorme maioria das pessoas”.
Se o cliente desejar um limite maior, ele poderá fazer esse pedido de alteração, explica o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello.
Além disso, os bancos e outras instituições financeiras agora terão prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para efetivar um pedido do usuário para aumento do limite de transações por Pix, boleto, TEDs e DOCs e cartão de débito.
A ideia é impedir a possibilidade do aumento imediato e diminuir as situações de risco.
As medidas devem se tornar efetivas em algumas semanas porque as instituições financeiras precisam se adaptar, de acordo com o BC.
Fraudes
O BC ressaltou que o problema de fraudes, golpes e crimes envolvendo meios de pagamentos não são exclusivos do Pix – incluem também TED, DOC, cartão de débito e até boletos.
De acordo com os dados compartilhados pelo BC, entre 16 novembro de 2020 e 20 de agosto de 2021 foram registradas uma suspeita de fraude a cada 100 mil transações.
“Isso é equivalente a 38 mil suspeitas em um total de 3,8 bilhões de transações considerando todo o país”, disse Mello.
Entre novembro 16 de 2020 e 31 de março deste ano, o número era de duas transações suspeitas para cada 100 mil.