NÚMERO DE EMPREGOS INFORMAIS DOBRARAM NOS ÚLTIMOS SEIS ANOS
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De acordo com o IBGE, o ritmo na criação de empregos informais dobrou no Brasil nos últimos seis anos e tem sido a principal marca da recuperação econômica desde 2017.
De um total de 89 milhões de trabalhadores ocupados, 36,3 milhões são informais, ou seja, 4 em cada 10, segundo o IBGE.
São considerados trabalhadores informais os que não possuem carteira assinada (no setor privado e doméstico) e nem mesmo CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria).
Uma alternativa encontrada como forma de driblar a informalidade e, consequentemente, aumentar a renda, é investir nos estudos.
Contudo, mesmo com um aumento de 27% a renda caiu 26,2% na metade mais pobre do país, segundo a FGV Social que analisou os últimos dez anos para a pesquisa.
Emprego informal
Dificultando a aceleração da economia por serem menos produtivas, as vagas informais expõem cada vez mais trabalhadores à rotatividade do mercado, com altos e baixos na renda entre períodos de atividade e desocupação.
Segundo especialistas, o aumento da informalidade exige políticas de proteção a essa parcela da força de trabalho.
Os programas de auxílio a desempregados cobrem apenas trabalhadores formais, que têm direito ao seguro desemprego e ao FGTS. Mesmo os piores remunerados (até dois salários mínimos) recebem um abono salarial equivalente a até um salário mínimo por ano; e podem se aposentar pelo INSS.
Entre os informais, com exceção dos meses de pandemia em 2020 e 2021, quando receberam parcelas decrescentes (em valor e total de beneficiários) do auxílio emergencial, não existe rede de proteção aos que trabalham e perdem renda abruptamente.