SECRETÁRIOS DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA PEDEM DEMISSÃO APÓS FURO NO TETO DO ORÇAMENTO
Marcelo Camargo / Agência Brasil
Nesta quinta-feira (21) o Ministério da Economia recebeu o pedido de demissão de quatro de seus secretários, logo após a confirmação de que o governo do atual presidente pretende realizar uma manobra para furar o teto de gastos para realizar um auxílio social temporário até 2022, época em que Jair Bolsonaro buscará a reeleição.
Informando o desligamento por motivos pessoais, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, a secretária especial-adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, deixaram de compor o quadro de apoio do Ministro da Economia.
A fala do presidente também impactou o mercado e o Ibovespa (índice da Bolsa Brasileira) caiu 2,75% e encerrou o dia em 107.735 pontos, o menor em quase um ano, causando o disparo do dólar comercial que registrou o maior valor em seis meses, a R$5,668.
Os secretários Funchal e Bittencourt já estavam se mostrando contra os posicionamentos de Bolsonaro e chegaram a ameaçar seus desligamentos na terça-feira (19), quando haveria o então pronunciamento sobre o Auxílio Brasil, que foi cancelado de última hora após a reação negativa da equipe de Paulo Guedes e do mercado financeiro.