DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL ATINGE R$ 5,61 TRILHÕES EM 2021
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Nesta quarta-feira (27), a Secretaria do Tesouro Nacional informou que a dívida pública federal atingiu R$ 5,613 trilhões em 2021.
O valor, que inclui os endividamentos do governo no Brasil e no exterior, teve um aumento de 12% na comparação com 2020, quando a dívida estava em R$ 5,009 trilhões.
O crescimento de R$ 604 bilhões na dívida pública no ano passado é menor do que o registrado no ano anterior, quando o endividamento teve alta recorde de R$ 761 bilhões, impulsionado por gastos extraordinários relacionados à pandemia.
De acordo com o painel de monitoramento dos gastos da União com combate à Covid-19, do Tesouro Nacional, em 2021, foram gastos R$ 109,3 bilhões pelo governo, o que representa queda em relação ao valor de R$ 524 bilhões registrado em 2020.
Dívida pública
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
A expectativa inicial do Tesouro Nacional, divulgada antes do início da pandemia, em janeiro do ano passado, era de que a dívida poderia subir mais em 2021, para até R$ 5,9 trilhões. Posteriormente, em maio do ano passado, o teto estimado para a dívida no último ano passou para R$ 5,8 trilhões.
De acordo com o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, a instituição já conta com recursos para honrar todos os pagamentos da dívida neste ano. Ele esclareceu que os valores poderão ser utilizados no caso de tensões nos mercados relacionadas com as eleições.
"Depois da crise da Ásia e da Rússia [no final da década de 90] e da mudança do câmbio, criou-se a ideia do caixa mínimo para sustentar qualquer volatilidade no mercado. [2022] pode ser um ano mais volátil ou não. Nosso caixa está aí para enfrentar momentos difíceis", declarou.
Condições de mercado
De acordo com o Tesouro, as condições de mercado nos primeiros meses de 2021 trouxeram uma oportunidade para a gestão da dívida melhorar o perfil de suas emissões.
"Já o segundo semestre apresentou uma dinâmica de mercado caracterizada pelo aumento da aversão ao risco no cenário internacional e das incertezas sobre questões fiscais no cenário doméstico", acrescentou.
Mesmo assim, de acordo com a instituição, foi possível manter os ganhos de alongamento de prazos, contando, em particular, com as LFT (papeis atrelados aos juros básicos da economia) mais longas.
Fonte: G1