CARREIRA: 8 DICAS PARA EVITAR VAGAS INCOMPATÍVEIS EM 2022
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Mesmo que o mercado de trabalho esteja em um bom momento, se recuperando após meses complicados de pandemia, o país ainda tem 13,5 milhões de pessoas desempregadas.
Muitos outros que estão empregados neste momento com certeza buscarão novas oportunidades neste novo ano, seja por um salário melhor, por uma vaga mais compatível com seus valores e missões, por horários melhores e por diversos outros fatores.
Com tantas pessoas em busca de uma oportunidade de trabalho, qualquer oferta pode parecer tentadora, mas é preciso avaliar bem a empresa e o que ela tem a oferecer para seus colaboradores.
Para evitar cair em ciladas disfarçadas de vagas perfeitas, Ronaldo Bahia, CEO e fundador da JobConvo, startup de recrutamento, seleção e admissão digital por meio de inteligência artificial, destaca oito sinais para acender o alerta sobre vagas de emprego ruins.
Longos processos de tomada de decisão
Se a organização demorou muito para decidir fazer uma oferta após a entrevista - mais de 30 dias - e não teve um bom motivo para isso, a demora pode apontar para deficiência de liderança ou outros problemas internos. “O processo de entrevista dá uma ideia da cultura de uma empresa e esse é um ponto que deve ser observado pelo candidato”, diz Bahia.
Portas giratórias
Da mesma forma, é uma boa ideia descobrir por que a posição está aberta e por quanto tempo, aconselha o CEO. “Esta é uma informação importante para determinar se a função é uma porta giratória ou se a pessoa a quem o cargo se reporta é um desafio para trabalhar”, diz ele, sugerindo que, se possível, o candidato descubra quem estava anteriormente no posto e entre em contato para pedir alguns insights.
Falta de consenso
É importante que seus entrevistadores estejam na mesma página sobre a função e a cultura da empresa. Se as respostas "variam muito" quando você pede detalhes a vários entrevistadores, como as habilidades necessárias para o trabalho ou como é a cultura da organização, isso pode ser um indício de que a equipe não tem uma visão clara. “Quando você está recebendo respostas diferentes ou contraditórias, considere isso um sinal vermelho”, alerta o executivo.
Rigidez
Se seu trabalho pode ser feito remotamente e a empresa exige que você esteja no escritório em tempo integral, principalmente após o último ano e meio, isso pode ser o sinal de uma cultura inflexível, orienta Bahia. Também pode ser uma barreira para atrair novos talentos, já que os funcionários hoje em dia desejam de forma esmagadora poder trabalhar remotamente. “Se uma empresa não deseja permitir que pelo menos uma parte de seus funcionários continue trabalhando remotamente em período parcial ou integral, será difícil atrair novos talentos”.
Bahia descreve outro sinal vermelho de inflexibilidade: a ausência de conversa sobre negociações. “A incapacidade de negociar uma oferta ou não haver nenhuma conversa antes da oferta oficial ser feita é outro indicativo de rigidez. No mercado de hoje, as ofertas e aceitações de emprego devem ser via de mão dupla”.
Entrevistadores não engajados
O estilo dos entrevistadores pode dizer muito sobre a empresa e seu pessoal. “O entrevistador pode não estar ouvindo. Ele pode parecer distraído, talvez até olhando para os e-mails enquanto você fala do outro lado da tela”, afirma Bahia, acrescentando que, se o entrevistador direcionar a conversa para si mesmo ou falar negativamente sobre a empresa ou colegas, esses também são sinais vermelhos. “Qualquer uma dessas ações pode indicar que o entrevistador não está empenhado em encontrar a pessoa certa ou pode refletir um estilo de gestão e cultura deficientes”.
Falta de diversidade
Diversidade, equidade e inclusão (DE&I) são importantes para quem procura emprego. “Faça perguntas sobre a abordagem da empresa nesse aspecto e seja observador durante as entrevistas para ver se a organização está cumprindo o que diz”, recomenda o CEO.
Sem caminho de crescimento claro
Se o empregador não lhe mostrou que há oportunidades para crescer com a empresa, pense duas vezes antes de aceitar o emprego, sugere Bahia, explicando que “os empregadores devem ser intencionais ao comunicar oportunidades e planos de carreira específicos durante a entrevista. Se o trabalho não tiver uma trajetória ascendente - e isso é algo que você deseja - então pise com cuidado”.
Táticas de pressão
O executivo alerta para que, se você receber uma oferta de emprego e estiver sendo pressionado a aceitá-la no local ou em um prazo extremamente apertado, digamos 24 horas, tenha cuidado.
“Não tenha medo de pedir mais tempo para pensar antes de se comprometer. Se o empregador não estiver disposto a lhe dar um dia extra para considerar cuidadosamente a oferta, pode ser um sinal de que algo está errado. Como um funcionário em potencial, você deve avaliar a oferta e determinar se ela é adequada tanto quanto a empresa deve avaliar você”.
Com informações Ronaldo Bahia e Agência Noar