Atualmente o país reúne mais de 3,7 milhões de pessoas desocupadas há mais de dois anos, representando 26% dos desempregados, um crescimento considerável avaliando que, em 2015, o índice marcava apenas 17%.

Os dados pertencem ao levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada, que mostra uma piora nas classes D e E, que correspondem a 81% das pessoas que estão há mais de 48 meses atuando sem carteira assinada.

A pesquisa revelou que os desempregados dessas classes estão crescendo de forma muito mais elevada que nas outras classes sociais, agravando a desigualdade no Brasil.

A quantidade de desocupados há mais de 48 meses nas classes D e E avançou 173% entre 2015 e 2021. Na classe C, foi registrado um aumento de 86% e na B, de 53%. Já na A, houve redução de 37%.

A pesquisa indica que esses resultados podem demonstrar um prejuízo considerável no capital humano do país, já que a ausência do mercado de trabalho torna o candidato mais desatualizado, podendo dificultar a retomada da produtividade ao encontrar uma oportunidade.

Essa realidade impacta diretamente na retomada da economia do Brasil, reduzindo o potencial de crescimento do país no médio e longo prazo.

Embora o mercado de trabalho já esteja sentindo uma redução da desocupação, essa realidade ainda não se aplica a todas as classes sociais.

Além disso, o ritmo das novas oportunidades ainda não acompanha a necessidade dos trabalhadores de recolocação profissional.