GOVERNO DESENVOLVE NOVO SISTEMA DE PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA E MIRA NA OCDE
Flickr/Foto: Jeso Carneiro
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta terça-feira (12) o desenvolvimento de um novo sistema de de preços de transferência pelo Brasil, sendo um passo determinante para a entrada do país à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O sistema de preços de transferência é um procedimento pelo qual as multinacionais movem lucros de um país para outro, em geral de suas filiais em direção à matriz, ou para países onde as legislações possibilitam tributações mais favoráveis, como é o caso de paraísos fiscais.
Segundo o Ministério da Economia, o novo sistema de preços de transferência é resultado de projeto iniciado em 2018, que examinou as semelhanças e diferenças entre as abordagens de preços de transferência brasileira e da OCDE e resultou no relatório de convergência para o padrão OCDE.
“O antigo sistema deixava em aberto possibilidade de bitributação, que atingiria empresas europeias que queriam investir no Brasil. No outro extremo, [possibilitava] a evasão fiscal, que é a transferência de lucros entre diferentes jurisdições”, explicou Paulo Guedes durante a apresentação do novo sistema.
“O grande avanço de hoje evitará dois males: o da tributação excessiva, que impede investimentos; e o mal da evasão, através de transferência de lucros para legislações que tenham tributações mais favoráveis”, acrescentou.
Imposto mínimo
Segundo Guedes, a comunidade global “se abraça” por meio dessas práticas. “Quero enfatizar o momento especial em que isso acontece”, disse ao lembrar que a negociação do novo acordo tributário global “é de imposto mínimo sobre as grandes multinacionais”.
Ele reafirmou que o Brasil está “bastante avançado nessa reta final de acesso à OCDE”, e que o passo dado hoje é “decisivo” para esse acesso, uma vez que ajuda o país a convergir com os padrões internacionais.
O ministro ainda argumentou que esse passo inicial deve melhorar os canais de investimento para o país se beneficiar com investimentos que a Europa deve fazer em busca de novas áreas de investimentos para segurança energética e alimentar., devido ao atual cenário político do continente.
Com informações Agência Brasil