Nesta terça-feira (31), servidores do Banco Central aprovaram, em assembleia e com 85% dos votos válidos, a continuidade da greve por tempo indeterminado. 

O anúncio da continuidade da paralisação foi feito pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) .

Os servidores estão parados desde o dia 3 de maio, após trégua de duas semanas, e reivindicam reajuste salarial de 27% e reestruturação de carreira.

No dia 12, a autoridade monetária enviou uma proposta de medida provisória (MP) ao Ministério da Economia pedindo reajuste salarial de 22% aos funcionários, mas recuou no mesmo dia, alegando ter observado inconsistências.

Na tarde desta terça, as carreiras do funcionalismo preveem um ato público em frente à Câmara dos Deputados. Além dos servidores do BC, estão também em greve os funcionários do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU).

A paralisação dos servidores do BC tem afetado a rotina da autoridade monetária, com interrupção na divulgação periódica de estatísticas de crédito e do setor externo e na publicação de relatórios e indicadores importantes para o mercado financeiro. 

A pesquisa Focus, que reúne as projeções dos economistas, não é atualizada desde 29 de abril.