RESPEITO ENTRE AS RELIGIÕES MARCA REINAUGURAÇÃO DO ESPAÇO ECUMÊNICO DO TJRJ
No lugar onde o sagrado é professado, o espaço de todas as crenças foi reformado. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) reinaugurou seu Espaço Ecumênico. A sala 501B da Lâmina I do Fórum Central foi ampliada para receber mais público. E, se todos os caminhos levam a Deus, não foi diferente na cerimônia desta terça-feira (7/6). Representantes do catolicismo, espiritismo, budismo, judaísmo e protestantismo renovaram seus votos e pregaram sobre o respeito inter-religioso.
Confira os dias de reunião (10h)
Segundas-feiras: Estudo Bíblico
Terças-feiras: Momento Espírita
Quartas-feiras: Culto Evangélico
Quintas-feiras: Missa Católica
Sextas-feiras: Meditação Zen Budista
O presidente do TJRJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, destacou que o Judiciário fluminense dá exemplo ao abrigar um espaço para todas as religiões, enquanto muitos lugares do mundo têm a fé como justificativa para guerras e conflitos.
“É um momento de emoção ver esse espaço coberto de amor, fé e carinho. Deus é Justiça, não importando a religião ou credo. Por isso a presença d’Ele aqui se faz sentir. Em todas nossas decisões, atos, quando colocamos a Justiça, fazemos o que há de mais importante que é trabalhar para pacificar, selar a paz”, afirmou.
Primeiro a usar o púlpito, o Monsenhor Sérgio Costa Couto disse que enquanto sociedades duelam por diferenças religiosas, as religiões não podem seguir o mesmo caminho e devem se pautar pelas boas relações de respeito e tolerância.
Já o desembargador Carlos José Martins Gomes, que é espírita, usou uma passagem do Evangelho para ilustrar o que a reinauguração do Espaço Ecumênico representava. “Assim como Jesus Cristo disse que deve se dar a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus, o TJRJ mostra hoje que o homem precisa do Estado, mas necessita de Deus”.
Representando os evangélicos, o desembargador Ademir Pimentel relembrou a criação do Grupo Evangélico de Intercessão, em 1987, que depois deu lugar ao ambiente ecumênico de hoje. Para o magistrado, o TJRJ mostra que é possível e necessário ter um ambiente de livre manifestação da religião e de respeito entre as diferentes formas de professar a fé.
O evento também contou com a participação da juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, da 52ª Vara Cível da Capital, que é budista. O Coral Amigos do Tribunal de Justiça, há 23 anos parceiro do TJ, cantou músicas e louvores.
Participaram também do evento o corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, os desembargadores Marco Aurélio Bezerra de Melo, Eduardo Gusmão Alves de Brito Neto e Antônio Iloízio Barros Bastos, a desembargadora Daniela Brandão Ferreira e a presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, Eunice Haddad.