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GREVE DOS SERVIDORES DO BC CONTINUA ATÉ SEGUNDA-FEIRA E PODERÁ SER PRORROGADA

Greve dos servidores do BC continua até segunda-feira e poderá ser prorrogadaFoto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Prestes a completar três meses de greve na próxima sexta-feira (1º), os servidores do Banco Central decidiram pela manutenção da paralisação até pelo menos a próxima segunda-feira (4), último dia possível para a concessão dos aumentos salariais solicitados sem impactar na Lei de Responsabilidade Fiscal.

A lei prevê que o Congresso poderia aprovar somente até 30 de junho reajustes que reponham perdas inflacionárias, entrando em vigor no dia 4 de julho.

Para cumprir o calendário, caso fosse a intenção do governo fazer os reajustes salariais sinalizados pela categoria, a medida provisória com os reajustes deveria ter sido enviada no fim de maio ou começo de junho, o que não aconteceu.

Segundo o Sindicato Nacional de Funcionários do BC (Sinal), os trabalhadores pretendem fazer um ato virtual pela valorização das carreiras da autarquia no dia 4, com protestos contra a postura tomada até o momento pelo presidente do banco, Roberto Campos Neto.

A agenda dos servidores continua ocupada na terça-feira (5), quando haverá uma nova assembleia para determinar os próximos passos do movimento.

Os trabalhadores do BC reivindicam reajustes salariais que reponham as perdas inflacionárias dos últimos anos. Inicialmente, foi pedido 27% de reajuste, mas os representantes do sindicato já afirmaram que a classe aceitaria apenas metade disso para concluir a paralisação.

Com a greve, somente serviços essenciais do banco estão funcionando, atrasando a divulgação de diversos relatórios e projetos importantes para o governo que estavam previstos, como as novas etapas do open banking e a segunda fase do Sistema Valores a Receber.

Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, descartaram qualquer reajuste para a categoria, analisando apenas a possibilidade de aumento do vale-alimentação.