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“AS FERRAMENTAS PERMITEM QUE TODOS TENHAM SUAS VIDAS FACILITADAS”

Na série sobre o uso das iniciativas digitais do TJRJ, magistrados avaliam o Gabinete Virtual

Como ocorreu com todo mundo, a pandemia deixou a juíza Rafaella Avila de Souza Tuffy Felippe preocupada. De que forma ela, em exercício na 15ª Vara Cível da Capital, atenderia os advogados num sistema remoto? A solução veio do respaldo do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) aos magistrados e à advocacia, com a criação do Gabinete Virtual. A ferramenta funciona até hoje e veio para ficar. 

Por videoconferência, advogados podem se reunir com juízes em dias e horários definidos pelos magistrados. Ganham os advogados porque podem se planejar melhor, ganham os magistrados porque organizam a sua agenda. 

“Não vi resistência, mas acho que todo o início de processo gera uma expectativa de como encarar a nova realidade, de como vai ser para operar uma nova ferramenta. Mas foi um percentual muito pequeno de advogados que enfrentaram dificuldades. O Gabinete Virtual facilitou tanto a vida do magistrado como a do advogado, que passou a ter dia e hora certa para despachar. Nenhum dos dois lados sofre com perda de tempo, e aumenta a produtividade”, avalia a magistrada, que acrescenta uma vantagem: o fim do deslocamento. Advogados da Baixada, da Zona Oeste e até de outros estados podem se reunir com ela sem precisar sair do escritório. 

Funciona assim: o juiz disponibiliza os horários que pode atender e fica a critério do advogado escolher o melhor horário para marcar dentro da agenda. Tudo é feito via plataforma Teams. 

Alguém poderia pensar que, por trabalhar do escritório, o advogado usaria algo mais informal nas reuniões com juízes. Não é isso o que acontece, segundo a juíza Rafaella. “Todos são muito respeitosos”, garante a magistrada, que realiza até oito atendimentos semanais. 

Nos tempos de estagiária, a magistrada se lembra de outra rotina, e conta que, depois do Gabinete Virtual, os hábitos mudaram. “Muitas vezes, quando eu estagiava, via casos de advogados esperando juízes no cartório, mas eles tinham ido para o almoço. Então eu acredito que facilitou muito ser tudo programado”. 

Hoje, a proporção de atendimentos remotos é de 3 para 1 comparando com os atendimentos presenciais na 15ª Vara Cível. Uma realidade que é semelhante em outros juízos.  

Perguntada sobre como tem sido o feedback dos colegas magistrados com as novas ferramentas, a juíza Rafaella não titubeia. “O feedback é positivo. São poucos os colegas que ainda não utilizam o Gabinete Virtual, mas a maioria usa e atende perfeitamente. As ferramentas criadas pelo Tribunal permitem que todos tenham suas vidas facilitadas”, conclui. 

FB/ MB