A OABRJ promoveu nesta segunda-feira, dia 5, no Plenário Carlos Maurício, evento da Comissão de Estudos sobre Alienação Parental para debater a questão da mudança de domicílio. A abertura foi realizada pela presidente do grupo, Danielle Aguiar de Vasconcelos, que relatou a importância do encontro e dos temas debatidos pela comissão.

"Nós realizamos esse encontro mensalmente, a cada mês com um tema diferente, para que a gente consiga discutir esses assuntos através de uma possibilidade de troca e de forma aconchegante. No mês passado, fizemos sobre violência doméstica e alienação parental, agora, sobre mudança de domicílio".

Compondo a mesa, a vice-presidente do grupo, Nattasha Feighelstein, e a psicóloga e perita do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), Glicia Brazil.  O encontro contou com a participação da plateia, composta por advogadas e psicólogas.

A mudança de domicílio nem sempre leva em consideração os vínculos da chamada família comunitária, podendo acarretar prejuízos a curto e longo prazo para a criança.
 

“A alienação parental trata a criança como mobília. É um ser, mas que não é levado em consideração e que acaba perdendo os vínculos familiares. E para ofender, o responsável leva a criança com uma facilidade enorme, esquecendo o bem-estar.”, afirmou Nattasha Feighelstein.

Encerrando as exposições, Glizia Brazil retratou a demora do sistema Jurídico, as suas relações de interdependência e as violências institucionais, além dos efeitos do contato com adultos abusivos e tóxicos para crianças, como é o caso da alienação parental.