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OABRJ LANÇA CAMPANHA 'ADVOCACIA SEM ASSÉDIO'

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Plenário Evandro Lins e Silva, na sede da Seccional, foi palco - no fim da tarde de segunda-feira, dia 12 - do lançamento da campanha 'Advocacia sem assédio' e da cartilha de mesmo nome, que busca combater o assédio moral e sexual dentro das estruturas da Ordem dos Advogados do Brasil.  A cerimônia teve o comando da presidente da Comissao OAB Mulher no Rio de Janeiro, Flávia Ribeiro, e reuniu diversas lideranças da Ordem, que falaram sobre os desafios de empoderar as advogadas e combater os casos de assédio dentro da entidade.
 

"A OAB não poderia ficar de fora dessa tentativa de tentar acabar com a violência de gênero e de tentar igualar mulheres e homens no campo profissional da advocacia", afirmou a presidente da OAB Mulher. "É claro que quando falamos de assédio sexual, as mulheres são mais atingidas, mas essa é uma campanha para a advocacia como um todo, já que estamos falando, também, de assédio moral, que ainda acontece com frequência nos escritórios de advocacia".


Representaram a OABRJ na mesa da cerimônia a vice-presidente, Ana Tereza Basilio; a presidente da Caixa de Assistência da Advocacia do Estado do Rio de Janeiro (Caarj), Marisa Gaudio; a secretária-adjunta, Mônica Alexandre; o ouvidor-geral, Carlos Henrique Carvalho; o procurador-geral, Fábio Nogueira; o corregedor-geral, Paulo Victor Lima, e a vice-presidente da OAB/Jovem, Ane Medeiros. 

Completaram a mesa a ex-presidente do IAB e presidente da Academia Carioca de Direito, Rita Cortez; a conselheira da OAB Federal, Marta Alves, e a também conselheira federal e presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Cristiane Damasceno.

"Hoje é um dia especial aqui na Ordem, em que recebemos uma grande aliada das mulheres no Conselho Federal, a querida Cris Damasceno, uma mulher combativa, presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada", afirmou a vice-presidente. "Essa campanha deve ser levada às 63 subseções da OABRJ, porque uma advocacia sem assédio é a base para que as mulheres possam trabalhar. Quando eu era estagiária, sofri assédio e não tinha a quem reclamar. Eram outros tempos, e, provavelmente, se eu tivesse reclamado, teria perdido o emprego. Hoje, temos que incentivar as mulheres a levarem o assunto ao conhecimento da OAB e ao departamento jurídico do local em que ela atua".

As Ouvidorias da Mulher do IAB e da OABRJ tomarão posse no dia 29 de setembro, às 17h e às 18h, respectivamente. Além da distribuição física, a cartilha "Advocacia sem assédio" também está disponível para download aqui no site da OABRJ: Menu principal > Notícias > Cartilhas temáticas. Denúncias sobre assédio podem ser realizadas pelo canal advsemassedio.org.br

"Uma liderança comprometida é algo importantíssimo para que as coisas aconteçam", afirmou Damasceno. "Pela primeira vez tivemos uma pauta feminina que foi apresentada sem qualquer contestação no Conselho Federal e isso é uma terra muito fértil. É aí que as coisas começam a dar certo. Hoje temos uma enorme maioria de presidentes comprometidos com o projeto, um canal de denúncias no qual as mulheres podem falar anonimamente sobre os problemas, e isso é levado para as seccionais. Os presidentes então são instados a se manifestar em até trinta dias sobre as providências tomadas sobre os casos encaminhados. Essa construção surge do fato de que outras vieram antes de nós, trilhando esse caminho. Até poucos anos atrás, era raro ver os homens parando para nos ouvir durante as palestras. E aí, passamos a ser como foguetes, só podemos ir para a frente".


Marisa Gaudio anunciou, para o dia 20 de setembro, o lançamento da campanha "Advocacia sem machismo", organizada pela Caarj e pela Seccional.