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DIRETORIA DE VALORIZAÇÃO DA ADVOCACIA DA OABRJ TOMA POSSE COM PROMESSA DE AMPLIAÇÃO NO INTERIOR

 


 

 

 

 

 

 

 

 

Um Plenário Evandro Lins e Silva lotado foi palco, na noite de terça-feira, dia 4, da posse da Diretoria de Valorização da Advocacia da OABRJ, que reúne profissionais de diferentes áreas do Direito na missão de combater a criminalização do exercício da advocacia e resgatar o prestígio da classe perante a sociedade. A cerimônia teve o comando da vice-presidente da OABRJ, Ana Tereza Basilio, que realizou o discurso de abertura, destacando a importância do órgão, uma criação da Presidência da Seccional.

"Hoje é um dia muito especial porque temos a posse de uma das diretorias mais importantes criadas pelo presidente Luciano Bandeira aqui na Seccional", afirmou Ana.

"Essa é uma diretoria cujo propósito e objeto se confundem com uma das principais funções da OAB, que é a valorização da advocacia. E essa diretoria foi instituída pela importância e relevância de se restaurar o prestígio e a dignidade que a classe merece de toda a sociedade. A justiça é um dos sentimentos mais próprios do ser humano, é um requisito para que o ser humano possa ter uma vida feliz. Nós defendemos a aplicação da lei a cada um dos jurisdicionados e temos a missão sagrada de defender esses direitos inalienáveis".

Escolhido para presidir os trabalhos da Diretoria, o advogado Paulo Grossi falou sobre a importância de levar o trabalho do órgão a todas as subseções do estado. "Essa é a primeira Diretoria de Valorização em todas as seccionais do país", afirmou Grossi.
 

"A Presidência nos deu essa missão hercúlea de valorizar a advocacia, e contamos com quatro vice-diretorias, que se multiplicarão em diversas comissões sobre temas relevantes para a advocacia. Hoje é também o lançamento de nossa cartilha que traz pontos importantes a serem discutidos pela advocacia e iremos percorrer as subseções distribuindo este material, criando um grande movimento de valorização e agindo em parceria com os presidentes de subseção e a advocacia regional. Essa é a parte fácil do trabalho. O grande desafio está em conseguir passar esse entendimento para a sociedade".


Compuseram a mesa, além de Ana Tereza e Paulo Grossi, o procurador-geral, coordenador das Comissões Temáticas e diretor do Departamento de Apoio às Subseções da OABRJ, Fábio Nogueira, e os quatro vice-diretores de Valorização da Advocacia; o ex-presidente da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas (Acat), Alexandre Bastos; o presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminal  (Anacrim), James Walker; a coordenadora de comunicação da Comissão de Juizados Especiais Cíveis (Ceje) da OABRJ, Helem Franceschini, e a advogada Carolina Miraglia, representando a Comissão de Prerrogativas da Seccional.

"Consigo entender que, às vezes, pessoas sem formação jurídica talvez não compreendam nossas prerrogativas", afirmou Fábio.

"Mas me assusta muito quando setores da advocacia não conseguem compreender que, ao não respeitarem o devido processo legal, eles colaboram com o retrocesso civilizatório. Por isso é importante que nós entendamos que não devemos buscar aplausos fáceis. Não devemos seguir de acordo com a maré. Nosso farol é a Constituição Federal e devemos seguí-lo, mesmo quando isso nos coloca de encontro à opinião pública ou pior ainda, à opinião publicada. Aplicar a Constituição Federal hoje é um ato de resistência, e precisamos resistir. Daí a importância desta diretoria de espectro tão amplo".

O procurador-geral celebrou o sucesso da cerimônia de posse, relembrando a importância da OABRJ na defesa da democracia. 

"Este auditório tão cheio já demonstra, por si só, o sucesso desse órgão e do presidente Luciano em ter criado uma Diretoria de Valorização", afirmou Fábio Nogueira.
 

"Quando falamos em valorização da advocacia, falamos de diversas questões: falamos de prerrogativas, de qualificação, do resgate da dignidade do exercício profissional, e a Ordem tem um papel de extrema importância nesse processo. Há uma questão que costumava ficar circunscrita à advocacia criminal, mas que hoje aflige a advocacia como um todo, que é o processo de criminalização da classe. E sabem por que isso acontece, especialmente na história recente do país? Porque nós, advogados e advogadas, somos a última trincheira do exercício pleno da cidadania. A ampla defesa e o contraditório não são garantias do Estado democrático de Direito, mas sim sua própria essência".