POLÍCIA DO RIO PRENDE QUADRILHA DE GOLPE DO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO
Criminosos se passavam por operadores de telemarketing para entrar em contato com idosos e beneficiários do INSS.
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 14 integrantes de uma quadrilha especializada em golpes do falso empréstimo consignado.
Segundo as investigações, as principais vítimas eram idosos e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) .
O grupo de criminosos foi localizado, na última terça-feira (4), em um escritório de um shopping do bairro Alcântara, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. O espaço funcionava como uma espécie de call center.
De acordo com os agentes, os criminosos se passavam por operadores de telemarketing e entravam em contato com as vítimas informando que o crédito consignado que eles haviam contratado já estava disponível para saque.
Simulação do crime
Os criminosos tinham um roteiro que simulava diálogos para ajudar a enganar as vítimas.
Quando a vítima dizia que não tinha solicitado o pedido de crédito, recebia orientação do falso operador de telemarketing para cancelar o contrato.
Por telefone, a quadrilha pedia para que a vítima enviasse uma selfie segurando o documento com foto. Depois, os criminosos enviavam um link para essas pessoas e orientavam realizar a assinatura digital para cancelar o suposto consignado.
Os golpistas usavam a assinatura e a cópia dos documentos para fazer empréstimos consignados em instituições bancárias. Ainda segundo a polícia, as vítimas só descobriam o crime quando o valor passava a ser descontado do benefício.
Por meio das investigações, a polícia descobriu que, para concluir o golpe, os autores informavam que caso caísse qualquer quantia na conta, o beneficiário deveria desconsiderar e fazer o estorno por meio de pagamento de um boleto.
“Dessa forma, o valor era depositado na conta de um laranja”, informou a Polícia Civil, que não detalhou o total desviado pela quadrilha.
Além disso, também foram apreendidos documentos e 40 computadores, que passarão por perícia para ajudar a identificar possíveis vítimas. Os suspeitos vão responder por associação criminosa.
Com informações da Folha de S. Paulo