A Caixa Econômica Federal, principal responsável pela concessão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, anunciou a suspensão da linha de crédito.

O anúncio foi realizado pela nova presidente da Caixa, Rita Serrano, e em nota o banco afirmou a suspensão da modalidade para que a mesma possa passar por uma nova revisão de critérios e parâmetros.

A Caixa não é o único banco que oferece a linha de crédito, mas de acordo com dados do Ministério da Cidadania, é responsável por 80% das concessões, com um total de R$ 7,64 bilhões emprestados até o início de novembro de 2022.

A nota da Caixa ainda tranquiliza quem já contratou a modalidade, afirmando que nada muda para os beneficiários e que as parcelas serão descontadas normalmente de acordo com cada contrato já realizado.

Durante o anúncio da suspensão do consignado do Auxílio Brasil, Serrano explicou os motivos para tal medida e afirmou que não seria de bom tom manter a linha de crédito enquanto o Ministério do Desenvolvimento Social revisa os cadastros. Outro motivo para a suspensão seriam as condições que o empréstimo é ofertado.

"Os juros para essa modalidade consignada é um juros muito alto, então nós estamos também suspendendo para reavaliar essa questão dos juros e ver as possibilidades que existem para tentar baixar esses juros", acrescentou.

Sobre o perdão da dívida de empréstimos adquiridos e não pagos, possibilidade anunciada pelo governo federal, a nova presidente informou que há chance de negociar "formatos para baixar os juros" com o governo, mas sem isenção dos endividados.

"Nós não trabalhamos com essa perspectiva [perdão da dívida], até porque, perdão dos devedores, o banco não tem como fazer isso", reforçou.

Até o último levantamento do Ministério da Cidadania, uma em cada seis famílias beneficiárias do Auxílio Brasil solicitaram a linha de crédito.