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DESENROLA: PROGRAMA FEDERAL DE RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS TEM FOCO EM PESSOAS FÍSICAS QUE RECEBEM ATÉ 2 SALÁRIOS MÍNIMOS

Novo programa do governo federal deve começar já em fevereiro deste ano e pode atender 40 milhões de brasileiros.

 

Desenrola: programa federal de renegociação de dívidas tem foco em pessoas físicas que recebem até 2 salários mínimosFoto: Marcos Santos / USP Imagens

O governo federal anunciou um novo programa de renegociação de dívidas que pode alcançar 40 milhões de brasileiros. Nomeado de Desenrola, o programa terá foco em pessoas físicas que recebem até dois salários mínimos.

O Desenrola deve ser lançado já em fevereiro aos endividados e será utilizado um fundo com recursos da União para honrar as dívidas em casos de inadimplência, reduzindo os riscos para as instituições financeiras e se tornando atrativo para a categoria.

O programa foi uma das promessas de campanhas do atual presidente e as negociações entre o Ministério da Fazenda, bancos e birôs de crédito para implementar a medida já estão bem avançadas.

Quem poderá aderir ao Desenrola

O Desenrola terá foco em pessoas físicas e famílias brasileiras que ganham até dois salários mínimos (atualmente até R$ 2.604) e que estão negativadas, ou seja, já estão com nome sujo.

O governo espera impactar entre 35 milhões a 40 milhões de pessoas nesse cenário.

Quem estiver nessa faixa e fizer adesão ao programa terá respaldo do Tesouro para cobrir inadimplências que venham a ocorrer.

O Desenrola ainda deve abrir espaço para uma segunda faixa de renda em condições diferenciadas, contemplando quem ganha mais de três salários mínimos (R$ 3.906). Nesse caso não haverá ajuda do Tesouro e os bancos assumiriam o risco sozinhos.

As instituições financeiras que quiserem participar do programa deverão oferecer um pouco de crédito para esta faixa, como requisito para entrar na faixa de dois salários mínimos, que não possui praticamente nenhum risco para o banco.

Como deve funcionar o novo programa de renegociação de dívidas

Deve ser lançado até mês que vem uma nova plataforma voltada para o Desenrola, que permitirá a consulta gratuita do CPF do cidadão, constando as dívidas em aberto. As empresas envolvidas serão contatadas e terão que conceder um desconto para quitar aquele débito.

É nesse momento que os bancos passam a participar, fazendo ofertas para assumir aquele débito. Quem oferecer a melhor condição, será selecionado.

De acordo com técnicos do projeto Desenrola, a ideia é que integrantes da faixa de renda de até dois salários mínimos possam renegociar dívidas de até R$ 5 mil por pessoa.

Para evitar se tornar um estímulo à inadimplência e piorar o cenário, o programa pretende aceitar apenas dívidas contraídas até dezembro do ano passado.