MARINHO AFIRMA QUE CORREÇÃO DA TABELA DO IR DEVE SER FEITA DE FORMA GRADUAL E NÃO DESCARTA MUDANÇAS EM 2023
Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que a correção da tabela do IR está sendo debatida com a equipe econômica e que o compromisso com essa mudança é real.
Foto: Leonardo Sá/Agência Senado
Nesta terça-feira (24), o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o governo pretende observar a responsabilidade fiscal para implementar duas promessas de campanha que vêm sendo cobradas nas últimas semanas: a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) e a valorização do salário mínimo.
Em entrevista à GloboNews, Marinho afirmou que a correção da tabela do IR – paralisada desde 2015 – está sendo debatida com a equipe econômica e deve ser feita de forma gradual. Marinho não descartou que alguma mudança ocorra ainda em 2023.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu durante sua campanha presidencial no ano passado a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil por mês, objetivo que foi confirmado mais uma vez na semana passada durante cerimônia com centrais sindicais no Palácio do Planalto.
Sobre o tema, Marinho comentou: "o presidente Lula é muito responsável. O compromisso [de isenção para até R$ 5 mil] é pra valer, acreditamos que é possível fazer. Estamos discutindo como começar a fazer os 'degrauzinhos'. É possível falar de alguma correção para esse ano? Talvez seja. A economia vem trabalhando. Vai coordenar o processo. Tem esse espaço, vamos fazer. Não tem, vamos trabalhar para o ano seguinte".
Durante a transição de governo, o então coordenador do orçamento do próximo ano, senador eleito Wellington Dias (PT), atualmente ministro do Desenvolvimento Social, informou que o tema não deveria ser tratado em 2023, mas sim ao longo do mandato do presidente Lula — que vai até 2026.
Salário mínimo em debate
Na última semana, o presidente Lula criou um grupo de trabalho com vários ministérios para elaborar uma política permanente de valorização do salário mínimo.
Luiz Marinho reafirmou nesta terça, durante a entrevista, que o governo deve manter o patamar atual do mínimo, de R$ 1.302, pelo menos até maio. E que o valor já representa um ganho real para os trabalhadores, já que a inflação em 2022 foi menor que o previsto inicialmente.
"Estamos trabalhando de forma responsável para evitar a retomada do processo inflacionário e déficit fiscal, trabalhando conjuntamente. Temos de dar passos consistentes. Eu e [o ministro da Fazenda, Fernando] Haddad estamos trabalhando afinados", continuou.
Com informações g1 e GloboNews