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DESEMBARGADORA DO TRF-2 É CANDIDATA A VAGA NO SUPREMO, DIZ JORNAL

A vaga no Supremo Tribunal Federal que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, presidente da corte, em outubro deste ano, poderá ser ocupada por outra mulher. Segundo a jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, uma forte candidata é a desembargadora Simone Schreiber, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

A desembargadora Simone Schreiber, do TRF-2, é uma crítica da finada 'lava jato'

Diretora-geral do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), Schreiber tem uma atuação profissional que se identifica com o garantismo penal. Doutora em Direito Público e mestre em Direito Constitucional, ela se dedica ao estudo da liberdade de expressão e da influência da imprensa em julgamentos de grande repercussão, temas de seu livro A Publicidade Opressiva de Julgamentos Criminais.

Em entrevista concedida à revista eletrônica Consultor Jurídico em 2019, Simone Schreiber falou sobre o assunto. Crítica da finada "lava jato", ela afirmou que a autodenominada força-tarefa mudou para pior a relação entre magistrados e imprensa.

"A 'lava jato' inaugurou um novo patamar de relação de juiz com a imprensa. Ele não é mais aquele ator que se depara com uma situação de publicidade opressiva e passa a se preocupar com isso, que entende que é preciso conduzir o processo apesar da pressão da mídia", disse a desembargadora.

De acordo com a Folha, além de Simone Schreiber, também têm chances de indicação ao Supremo as advogadas Caroline Proner e Dora Cavalcanti. No entanto, ainda não é certo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicará uma mulher para a vaga de Rosa Weber.

Antes da sucessão da presidente do Supremo, porém, Lula terá outra indicação a fazer para a corte, já que o ministro Ricardo Lewandowski vai se aposentar em maio, quando completará 75 anos. Nos dois casos, como manda a Constituição, os nomes indicados pelo chefe do Poder Executivo são submetidos a uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal e precisam ser aprovados pelo Plenário da casa.