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CNJ VAI ANALISAR SUSPEITA DE NEPOTISMO EM CONDUTA DE MAGISTRADOS DE MG

A conduta de desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) suspeitos de nepotismo cruzado em suas comarcas será analisada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O órgão aprovou nesta terça-feira (11/4), durante a 5ª Sessão Ordinária de 2023, a abertura de procedimento administrativo disciplinar (PAD) sobre o caso.

Para Salomão, caso envolve nepotismo cruzado e servidoras fantasmas
Sandra Fado/STJ

De acordo com a reclamação disciplinar relatada pela Corregedoria Nacional de Justiça, os magistrados teriam atuado para o acolhimento de filha e esposa como servidoras no TJ.

"É necessário a instauração de um procedimento administrativo para investigar adequadamente a prática de nepotismo que, para mim, diante do contexto, há bastante contextualização. Além do nepotismo, o que aparenta pelos autos é que as servidoras seriam fantasmas, ou seja, recebiam e não trabalhavam", afirmou o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão.

Assim, será investigada violação à Resolução CNJ nº 7/2005, que disciplina o exercício de cargos, empregos e funções por parentes, cônjuges e companheiros ou companheiras de membros da magistratura e de servidores e servidoras investidos em cargos de direção e assessoramento em órgãos do Poder Judiciário.

Ainda será verificado se os desembargadores agiram contra a Súmula Vinculante 13 do STF, também relativa ao tema do nepotismo na Justiça, assim como contra a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e o Código de Ética da Magistratura Nacional. Com informações da assessoria de imprensa do CNJ.