JURÍDICO DEVE SER VISTO COMO ESCRITÓRIO DENTRO DA EMPRESA, DIZ ADRIANO RIBEIRO
Advogados dentro de grandes corporações devem ter as mesmas prerrogativas e responsabilidades de advogados de escritórios. O jurídico interno deve ser visto como um escritório dentro de uma empresa.
Adriano Ribeiro, diretor jurídico da JBS, fala sobre advocacia corporativa
Isaac dos Santos Lima/ConJur
Essa é a visão de Adriano Ribeiro, diretor jurídico da JBS. Para o especialista, os advogados corporativos devem zelar pelo sigilo dos processos e pela distinção entre seu trabalho e a própria empresa.
"Ainda é uma relação assimétrica. O advogado de escritório tem a prerrogativa do sigilo muito mais protegida", afirma Ribeiro, que, no entanto, acredita que há progressos em curso no que diz respeito à relação entre a advocacia corporativa e as próprias corporações.
"Nos últimos tempos, evoluímos bastante. A OAB fez mudanças legislativas relevantes com relação a esse tema, mas nós advogados internos ainda temos que evoluir", pondera.
"Todo advogado, seja corporativo ou de escritório, tem o dever do sigilo. Mas para o advogado interno é muito mais difícil zelar pelo sigilo", afirma. Isso ocorre, segundo ele, porque há uma confusão entre o advogado interno e a própria empresa.
O diretor jurídico da JBS aponta também uma deficiência dos próprios departamentos jurídicos em zelar por essa distinção.
"Essa confusão deve ser dissipada para que os departamentos jurídicos possam exercer a plenitude do seu dever", afirma.
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