CONSUMO DAS FAMÍLIAS É INFLUENCIADO POR REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO E DOS SERVIDORES
Aumento foi de 2,33% dos meses de janeiro a maio.
O consumo das famílias aumentou 2,33% de janeiro a maio, conforme levantamento divulgado nesta quinta-feira (29) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A alta tem como fator o reajuste do salário mínimo e dos servidores federais e o resgate de valor do Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep).
No mês de abril, o crescimento acumulado chegou a 2,14%, superando os registrados em fevereiro e março, de 1,98% e 1,44%, respectivamente.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, ao comentar o consumo das famílias, avaliou que as famílias conseguiram organizar melhor as finanças nos últimos meses.
Milan também atribuiu os resultados à ampliação da isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) , em vigor desde maio.
O valor da cesta básica, em média, apresentou uma leve queda, de abril para maio, passando de R$ 751,29 para R$ 750,22.
O valor da cesta básica de 12 produtos, sendo eles açúcar, arroz, café moído, carne, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, massa/macarrão, óleo de soja e queijo) fechou em R$ 322 no mês de maio, 0,14% a menos do que em abril.
No grupo de produtos que tiveram queda de preço, estão:
- Óleo de soja (7,11%);
- Carne bovina - corte dianteiro (0,93%);
- Frango congelado (1,80%);
- Batata (1,90%).
- Já entre os que ficaram mais caros nas prateleiras estão:
- Tomate (6,65%);
- Leite longa vida (2,37%);
- Shampoo (1,28%).
De acordo com a Abras, além da competitividade, que faz girar o mercado, muitas marcas têm surgido nas gôndolas.
Esse fenômeno, de acordo com o vice-presidente da Abras, também tem relação com a multiplicação de marcas exclusivas dos mercados, que acabam sendo, muitas vezes, uma opção mais em conta para os clientes.
"No ano passado, com renda reduzida, o consumidor passou a substituir marcas", observou Milan.
Quanto à situação que se tem pela frente, a perspectiva da Abras é positiva. Uma vez que são levados em consideração outros incrementos de renda, como os oriundos de programas de transferência de renda e o pagamento do Benefício Variável Familiar e do Auxílio Gás.
Com informações da Agência Brasil