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INFLAÇÃO: SAIBA COMO CORRIGIR VALORES DE DÍVIDAS, SALÁRIOS E ALUGUÉIS

O reajuste deve ser realizado para manter o poder aquisitivo da sociedade.

 
Inflação: saiba como corrigir valores de dívidas, salários e aluguéis
 

São diversas situações cotidianas que necessitam de um reajuste considerando a inflação, seja para a correção de um pagamento, como salário, pensão ou dívida, seja para avaliar a variação do preço de um ativo, tal como um carro ou imóvel.

Esse reajuste baseado na inflação é necessário restabelecer o poder aquisitivo da sociedade. Confira os exemplos de cálculo abaixo.

Como corrigir valores pela inflação?

Confira o passo a passo para corrigir valores com base na inflação:

Identifique os valores iniciais: determine o valor original que você deseja corrigir e o intervalo de tempo para o qual deseja aplicar a correção devido à inflação;

Busque o índice de inflação: pesquise e obtenha o índice de inflação relevante para o período em questão. Dependendo do país e do contexto, isso pode ser medido por índices como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), entre outros;

Calcule a variação percentual: calcule a variação percentual do índice de inflação durante o período. Isso é feito dividindo a diferença entre o índice final e o índice inicial pelo índice inicial e, em seguida, multiplicando por 100 para obter o valor percentual:

 

Variação percentual = ((Índice final - índice inicial) / índice inicial) × 100.

Converta a variação percentual em fator: converta a variação percentual em um fator multiplicativo, somando 1 à variação percentual decimal (obtida dividindo por 100):

Fator de correção = 1 + (variação percentual / 100).

Aplique o fator de correção: multiplique o valor original que você deseja corrigir pelo fator de correção obtido no passo anterior:

Valor corrigido = valor original × fator de correção.

Isso resultará no valor corrigido com base na inflação para o período especificado. 

É preciso ressaltar que, na prática, podem existir variações devido a diferentes índices utilizados, cálculos de médias ponderadas em alguns casos, entre outros fatores. 

Utilizar ferramentas online confiáveis, como as fornecidas por instituições financeiras e governamentais, pode ser recomendado para obter cálculos mais precisos. Um exemplo é a do Banco Central, clique aqui para acessar.

Nessa ferramenta, é possível escolher o índice, as datas finais e iniciais, assim como o valor a ser recalculado.

Salários

Considerando que você tenha um salário de R$ 6 mil no início do ano e deseje calcular o valor do seu salário corrigido após um ano, considerando uma taxa de inflação de 2.5%.

Identificar valores iniciais: salário original = R$ 6.000,00;

Encontrar o índice de inflação: suponha que você use o IPCA como o índice de inflação e a taxa acumulada em um ano seja de 2.5%;

Calcular a variação percentual: a variação percentual é (2.5% / 100) = 0.025;

Converter a variação percentual em fator: o fator de correção é calculado adicionando 1 à variação percentual decimal: fator de correção = 1 + 0.025 = 1.025;

Aplicar o fator de correção: multiplique o valor do salário original pelo fator de correção para obter o salário corrigido;

Salário corrigido = R$ 6.000,00 × 1.025 = R$ 6.150,00.

Portanto, após um ano de inflação de 2.5%, seu salário original de R$ 6.000,00 seria corrigido para R$ 6.150,00.

Dívidas

Suponhamos que você tenha um empréstimo de R$ 10 mil concedido em janeiro e deseje calcular o valor da dívida corrigido após um ano, considerando uma taxa de inflação de 5%. Confira o passo a passo do cálculo:

Identificar valores iniciais: valor da dívida original = R$ 10.000,00;

Encontrar o índice de inflação: vamos supor que o índice de inflação usado seja o IPCA e que a taxa de inflação acumulada em um ano seja de 5%;

Calcular a variação percentual: a variação percentual é (5% / 100) = 0,05;

Converter a variação percentual em fator: o fator de correção é calculado adicionando 1 à variação percentual decimal: fator de correção = 1 + 0,05 = 1,05;

Aplicar o fator de correção: multiplique o valor da dívida original pelo fator de correção para obter o valor corrigido: Valor corrigido = R$ 10.000,00 × 1,05 = R$ 10.500,00.

Portanto, após um ano de inflação de 5%, o valor da dívida original de R$ 10 mil seria corrigido para R$ 10.500,00.

Aluguéis

Vamos supor que você é um locatário e paga um aluguel mensal de R$ 1.200,00 e deseja calcular o valor do seu aluguel corrigido após um ano, considerando uma variação acumulada do IGP-M de 5%.

Identificar valores iniciais: valor do aluguel original = R$ 1.200,00;

Obter a variação do IGP-M: suponhamos que a variação acumulada do IGP-M ao longo do ano seja de 5%;

Converter a variação do IGP-M em fator: o fator de correção é calculado adicionando 1 à variação percentual decimal: fator de correção = 1 + 0,05 = 1,05;

Aplicar o fator de correção: multiplique o valor do aluguel original pelo fator de correção para obter o aluguel corrigido;

Aluguel corrigido = R$ 1.200,00 × 1,05 = R$ 1.260,00.

Portanto, após um ano com uma variação acumulada do IGP-M de 5%, o seu aluguel original de R$ 1.200,00 seria corrigido para R$ 1.260,00.

Em resumo, o reajuste com base na inflação é uma prática comum em diversos contextos econômicos e contratuais para preservar o poder de compra ao longo do tempo. Essa estratégia é aplicada em uma variedade de áreas, como salários, aluguéis, dívidas e preços de bens e serviços.

O reajuste com base na inflação visa assegurar que os valores monetários mantenham seu valor real, minimizando os efeitos negativos da desvalorização da moeda. Isso é especialmente importante para contratos de longo prazo, como aluguéis e empréstimos, garantindo que ambas as partes continuem em termos equitativos à medida que a economia evolui.

No entanto, é crucial estar ciente das regulamentações locais, dos termos contratuais e das melhores práticas em cada situação específica. A aplicação correta do reajuste com base na inflação é essencial para manter a transparência, a justiça e a confiança nas relações econômicas e contratuais, garantindo que os envolvidos permaneçam protegidos contra os impactos adversos da inflação ao longo do tempo.