O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira (3/5) a soltura do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e manteve o acordo de colaboração premiada celebrado pelo militar com a Polícia Federal.

Mauro Cid foi preso em março depois de criticar Alexandre e colocar em dúvida higidez de delação premiada

 

Cid foi preso em maio de 2023 no âmbito de uma investigação sobre falsificação de dados de vacinação contra a Covid-19 e por suspeita de inserção de informações nos sistemas do Ministério da Saúde.

Em setembro, ele foi solto por ordem de Alexandre após firmar o acordo com a PF. O militar, porém, voltou a ser preso em março deste ano, depois de a revista Veja publicar áudios em que Cid critica Alexandre e diz que a PF estaria com uma “narrativa pronta” sobre o que deveria ser relatado na delação.

Na decisão desta sexta, Alexandre destacou que, em audiência no Supremo, Mauro Cid reafirmou “a voluntariedade e legalidade do acordo de colaboração premiada celebrado com a Polícia Federal, ressaltando que os áudios divulgados se tratavam de mero ‘desabafo'”.