TRABALHADORES DO IBGE FAZEM PARALISAÇÃO EM 10 ESTADOS BRASILEIROS
Nesta quarta-feira (15), os trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizam uma paralisação em 10 estados por tempo indeterminado, conforme comunicado do sindicato nacional dos servidores do órgão, Assibge.
Em nota, o sindicato dos servidores do órgão ainda informou que há a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 10 de junho.
Entre os motivos que levaram os trabalhadores a fazerem a paralisação estão:
- Aprovação de um plano de reestruturação da carreira;
- Reajuste dos salários para trabalhadores temporários;
- Recomposição do orçamento do instituto.
Conforme a nota, “o calendário de mobilização aponta para a realização de atos no dia do aniversário do IBGE, 29 de maio, e uma possível deflagração de greve por tempo indeterminado, a partir do dia 10 de junho, caso a contraproposta do governo seja frustrante”.
Esse primeiro dia de paralisação dos trabalhadores será simbólico, diz representante do sindicato, afetando o andamento no órgão, a depender do grau de adesão. Apesar dessa questão, como a categoria pautou a greve por tempo indeterminado, se for aprovado, os levantamentos e indicadores poderiam ser afetados.
No ano passado, o orçamento regular do IBGE foi de 28% inferior ao previsto uma década antes, em 2014, descontada a inflação do período, calcula a Assibge.
“Após uma negociação salarial frustrante com o Ministério de Gestão e Inovação, que resultou em 0% para recomposição salarial em 2024, os trabalhadores receiam que a contraproposta de reestruturação da carreira do IBGE, a ser apresentada no dia 28 de maio, seja rebaixada, assim como tem ocorrido em algumas categorias que estão negociando com o governo. Os reajustes nos benefícios praticamente não atingiram os aposentados, deixando uma parcela importante da categoria sem absolutamente nenhuma perspectiva de recomposição para 2024. A reestruturação proposta pelo Sindicato tranquiliza distorções ocorridas em transições anteriores e propõe uma carreira mais enxuta, simplificada e adequada à realidade do órgão na atualidade”, justificou o sindicato.
A entidade informa que com relação aos trabalhadores temporários, o instituto tem aproximadamente 60% de sua força de trabalho atualmente formada por pessoas com esse tipo de vínculo e que recebem, praticamente, um salário-mínimo para executar as atividades.
“Esses trabalhadores não serão beneficiados pela reestruturação da carreira e, apesar de todo o diálogo realizado pelo sindicato com a presidência do IBGE e Ministérios responsáveis, seguem sem perspectiva de reajuste. Os trabalhadores temporários estão submetidos a inúmeras restrições de direitos, porém, a atual direção do IBGE segue sem um plano claro para acabar com a precarização no órgão”, critica o sindicato.
Com informações do InfoMoney