MICROEMPRESAS DOMINAM O CENÁRIO CORPORATIVO, APONTA IBGE
As microempresas, com até nove funcionários, constituíam 76,8% do total de empresas no Brasil em 2022, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (20).
Empresas de médio porte, com 10 a 49 funcionários, representavam 19,8% do total, enquanto as companhias com 50 a 249 funcionários correspondiam a 2,6%.
Apenas 0,8% das empresas tinham 250 ou mais empregados. No entanto, essas grandes corporações tinham um peso significativo na economia, abrigando 50,1% do total de empregados, com 54,1% dos assalariados formais.
Os dados fazem parte da pesquisa Cadastro Central de Empresas (Cempre) e traçam o perfil das empresas em 2022, embora não possam ser comparados com anos anteriores devido a uma mudança metodológica que interrompeu a série histórica de 2007 a 2021.
Perfil corporativo nacional
Em 2022, o Brasil contava com 9,4 milhões de empresas formais, que juntas empregavam cerca de 63 milhões de pessoas.
O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas liderou em número de empresas ativas, com 29,1%. Seguiram-se as atividades administrativas e serviços complementares, que somavam 9,8% das empresas.
Diferença salarial
Empresas com 250 ou mais funcionários pagavam os salários médios mais altos em 2022, com um valor de R$ 4.528,67. Esse montante é 152,6% superior ao salário médio das microempresas, que era de R$ 1.793,08. O salário médio mensal no Brasil foi de R$ 3.542, superando o salário mínimo vigente na época, que era de R$ 1.212.
Além disso, a pesquisa do IBGE também evidenciou a persistente disparidade salarial entre homens e mulheres. Em 2022, as mulheres recebiam, em média, 17% a menos que os homens.
Enquanto o salário médio feminino era de R$ 3.241,18, os homens ganhavam R$ 3.791,58 no mesmo cargo. Esta disparidade foi observada em 82% dos principais setores econômicos.
As mulheres predominavam nas áreas de saúde humana, serviços sociais, educação, alojamento e alimentação. Por outro lado, os homens eram maioria nas áreas de construção, indústria e transporte.