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Planos não podem cobrir saúde integral para população, diz Saldanha

O setor privado não tem condições de assegurar o acesso da população à chamada saúde integral, pois ela envolve a prestação de serviços em diversas áreas e com uma dimensão que, na maior parte das vezes, é insustentável para as operadoras, segundo o ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça.

ConJur

Para Saldanha, nenhum país pode garantir saúde integral para a população

Coordenador de pesquisas sobre a área de saúde na FGV Justiça, Saldanha falou sobre o assunto em entrevista à série Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito. Nela, a revista eletrônica Consultor Jurídico conversa com algumas das personalidades mais importantes do Direito sobre os assuntos mais relevantes da atualidade.

 

“Hoje temos algumas comorbidades que estão aflorando e que trazem um desgaste financeiro imoderado para os planos de saúde. E, com aquilo que deveria se prestar a assegurar a saúde básica, quando há uma procura pela saúde integral, com o grau de sofisticação que dela é esperado, não se consegue nem se prestar a básica, pois a maioria dos planos não se sustenta”, disse o ministro.

Segundo ele, a saúde como um todo é hoje um segmento de alta complexidade — sobretudo no que se refere à saúde suplementar, já que cabe aos planos de saúde e aos hospitais privados suprir aquilo que o Sistema Único de Saúde (SUS) não é capaz de oferecer aos pacientes.