EM MADRI, GILMAR MENDES DEFENDE ACORDO MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA
O decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, defendeu a necessidade de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, cujas negociações voltaram a ganhar força nos últimos meses.

Para Gilmar, proximidade cultural e histórica ajuda acordo entre Mercosul e UE
Gilmar tratou do assunto nesta sexta-feira (9/5), em Madri, no evento “Transformaciones: Un Mundo En Ebullición“, promovido pelo Fórum de Integração Brasil Europa (Fibe).
O ministro avalia que o acordo se dará em um momento histórico muito marcante e será firmado entre dois blocos que têm valores culturais e históricos comuns. Para ele, essa proximidade é muito importante.
“O Brasil é o maior país do bloco do Mercosul, com uma democracia que deu provas de resiliência e mostrou ser comprometida com direitos fundamentais”, declarou Gilmar. “Portanto vejo como positiva a celebração do acordo Mercosul”, completou.
Boas perspectivas
As conversas entre Mercosul e União Europeia voltaram a esquentar nos últimos meses, especialmente após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizar uma política agressiva de tarifas comerciais. Os diálogos entre os blocos vinham em baixa devido à oposição da França, principalmente.
Aloysio Nunes, ex-ministro de Relações Exteriores, também participou da mesa com Gilmar Mendes. O ex-chanceler, que hoje chefia o escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) na Bélgica, afirmou que a reabertura das negociações se deu em um bom momento.
“Atores amplos das sociedades europeias hoje compreendem a necessidade de parceiros confiáveis e compreendem a importância do Brasil para a solução de alguns problemas percebidos como vitais, como saúde, meio ambiente, segurança alimentar”, disse Nunes.
Nos demais panieis do evento do Fibe, encerrado nesta sexta, também falaram outros especialistas e autoridades, como Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Roberto Azevêdo, ex diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), e Raul Jungmann, ex-ministro da Justiça e atual diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).