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44% DAS PEQUENAS EMPRESAS NÃO SABEM QUANTO PAGAM DE TARIFAS BANCÁRIAS

Mais da metade (56%) das micro e pequenas empresas mineiras já aceitam pagamento com cartões de crédito e débito. Cerca de 60% dos empresários admitiram ter aumentado as vendas e reduzido a inadimplência após adquirirem a “maquininha”. É o que aponta a pesquisa Relacionamento Bancário das Micro e Pequenas Empresas Mineiras, realizada pelo Sebrae em Minas Gerais. O levantamento mostra a realidade de 810 empresários dos setores da indústria, comércio, construção civil e serviços do estado.

Para 44% dos entrevistados que  não utilizam as máquinas, os principais motivos são a falta de necessidade e o custo da mensalidade cobrada pela operadora. Apesar de reclamarem do valor das mensalidades, a maioria dos empreendedores admite nunca ter negociado com os bancos, solicitando descontos ou melhoria nas condições de acesso ao serviço.

Os pagamentos feitos pelo celular ou tablet ainda não são aceitos por 94% das pessoas entrevistadas. Dessas, 52% não pretendem utilizar o serviço e 23% disseram que usariam se ele fosse mais barato. O estudo também mostra que 95% dos empreendedores têm conta bancária. Em geral, a maioria tem até duas contas e 84% utiliza a conta empresarial para movimentar as finanças do negócio.

Segundo a pesquisa, 45% dos entrevistados desconhecem os valores das tarifas cobradas pelas instituições financeiras. As pequenas empresas pagam tarifa média de R$ 96,30 para ter acesso aos serviços bancários, enquanto as microempresas pagam R$ 51,20. São nos bancos públicos que os pequenos negócios mais possuem contas bancárias: Banco do Brasil (46%) e Caixa Econômica Federal (43%). Entre os privados os mais utilizados são Itaú (27%), Bradesco (26%) e Sicoob (22%).

Os serviços bancários mais utilizados pelos empreendedores são internet banking (69%), cartão de crédito de pessoa física (60%), cartão empresarial (52%) e cheque especial pessoa jurídica (49%). O estudo também aponta maior controle financeiro por parte dos pequenos negócios: 92% fazem pagamento integral da fatura do cartão de crédito e 40% não desejam utilizar o cheque especial.

Em relação às finanças 51% disseram não estar endividadas, 44% estão com dívida controladas e 5% afirmaram que a dívida é elevada e difícil de controlar. Segundo os entrevistados, as principais fontes de recursos utilizadas nos últimos 12 meses foram: recursos próprios (60%), parcelamento da dívida com o fornecedor (55%), cartão de crédito (31%), antecipações de recebíveis das vendas realizadas (26%) e cheque especial (25%).

Aplicação

A maioria (73%) que solicitou empréstimos em instituições financeiras afirmou ter recebido os recursos sem dificuldade e 14,5% obtiveram empréstimo menor que o solicitado. As que não conseguiram crédito (2%) ou enfrentaram dificuldades para conseguir o valor solicitado (9%), apontaram que as principais dificuldades encontradas foram falta de documentação (71%), falta de garantia (25%) e restrições cadastrais (4%).

Mais da metade disse não ter feito investimento em máquinas e equipamentos, aquisição de veículos, desenvolvimento de novos produtos ou obras de infraestrutura. Os empreendedores de pequenas empresas foram os que apresentaram maior percentual de investimento nos itens citados acima, em comparação com as microempresas.