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LEVY DISCUTIRÁ NOVAS MEDIDAS COM GOVERNADORES

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, começará nesta semana conversas individuais com os governadores para tentar ouvir deles as propostas e solicitações de forma a dar encaminhamento ao ajuste fiscal prometido a partir de 2015.

Para Levy, o ajuste fiscal vai, num horizonte maior, destravar investimentos no País e, em especial, para a Região Nordeste. Ele fez as declarações durante sua participação no III Encontro de Governadores do Nordeste Gestão 2015-2018.

Levy disse ainda que tem trabalhado muito para aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso. "Temos que trabalhar para destravar e continuar a dar crescimento aos investimentos. O ajuste fiscal é extremamente essencial para botar a casa em ordem", afirmou o ministro.

O ministro voltou a dizer que as medidas a serem adotadas pelo governo irão manter os programas fundamentais para a estabilidade do País e a manutenção do emprego. Ainda de acordo com ele, durante muitos anos o Brasil agiu na contramão do mundo, que passava por dificuldades, para que o País não fosse afetado pela crise internacional.

Mas agora, segundo ele, o mundo mudou e as medidas propostas são compatíveis com um ajuste fiscal que garante geração de empregos e investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Para uma plateia de cerca de 200 pessoas, composta por governadores, secretários de Fazenda, empresários e políticos nordestinos, Levy afirmou que o mundo mudou e novas estratégias de ordem econômicas se fazem necessárias. Além de destacar a necessidade de se aprovar no Congresso as medidas de ajuste fiscal e pediu ajuda dos governadores do Nordeste na tarefa de sensibilizar os parlamentares sobre a importância da aprovação.

"Como disse a presidente Dilma, as medidas anticíclicas foram importantes, mas se esgotaram", afirmou Levy, ressaltando o envolvimento pessoal da presidente da República no esforço para se aprovar o ajuste fiscal. Ainda conforme o ministro, a presidente Dilma está tendo a coragem necessária para adotar o ajuste.

Ainda de acordo com Levy, o governo mandou para o Congresso um projeto que reduz subvenções e citou que, só com as desonerações o País vinha gastando R$ 25 bilhões e que, com o novo projeto, vai economizar R$ 12 bilhões. "Não podemos nos perder no discurso da crise. Temos que olhar além dela", disse Levy. De acordo com ele, o governo está fazendo uma reengenharia econômica que permitirá ao País enfrentar os desafios que a economia global nos impõe. /Estadão Conteúdo